No dia 28/09/2016, o Valor Econômico publicou “A financeirização crescente é uma preocupação mundial” (http://www.valor.com.br/valor-investe/o-consultor-financeiro/4728309/financeirizacao-crescente-e-uma-preocupacao-mundial), assinado por Marcelo d’Agosto. O artigo aborda basicamente a necessidade que todos nós temos que ter com o intuito de acumular recursos para bancar despesas futuras.

É urgente que nós, brasileiros, tomemos a consciência de que somos responsáveis por nós mesmos e por aqueles que colocamos no mundo. Precisamos acumular, sim! O acúmulo de recursos realizado de maneira lícita, dentro da ética e das regras do jogo, não é pecado! Repito: precisamos urgentemente nos conscientizar disso.

Este preâmbulo faz-se necessário pelo momento atual de nosso país, com um desemprego elevado e muitos profissionais optando por abrir seus próprios negócios, ou seja, estão tornando-se empresários. Isso acontece ao mesmo tempo em que muitas empresas estão fechando as portas, pedindo recuperação judicial e entrando em processo falimentar, numa destruição de valor terrível e com impactos pessoais inimagináveis. O jogo é muito sério, pois impacta diretamente na vida do empresário e de sua família.

Sempre me intrigou o porquê, ao iniciarem suas carreiras, jogadores de futebol e artistas – sejam eles atores ou músicos – já tenham empresário, agente e todo um staff. Por outro lado, o empresário se acha capaz de entender de seu produto ou serviço, de contabilidade, de marketing, de vendas e de finanças, sem se dar conta de que não conseguirá entender de cada um destes pontos profundamente, no detalhe – é claro que não vai dar certo!

Sempre ouvi dos empresários: “contratei um contador”, mas quem disse a ele que o contador está fazendo o melhor para ele e não o mais cômodo para si? Será que ele utiliza a contabilidade como uma ferramenta de gestão ou é só para atender às exigências legais? Este exemplo vale para todas as áreas de atuação.

É chegada a hora de tomarmos todos os cuidados e de termos uma palavra em mente: GESTÃO. Lembrem-se: a informática bem usada é um investimento barato para ajudar na gestão, mas ela precisa ser bem usada. Para tanto, é necessário PROCESSO.

Antonio Trócoli
Sócio-diretor na Shekel